Facebook
Twitter
Youtube
Flickr

Notícias

Lei sobre a Língua Brasileira de Sinais completa 13 anos

Em Itajaí, alunos com deficiência auditiva recebem atendimento no CEMESPI
Data de inclusão: 23/04/2015 17:18

Promover uma real comunicação entre os deficientes auditivos e a sociedade. Este é o objetivo da Lei nº 10.436 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras. Nesta sexta-feira (24), a lei completa 13 anos de atuação desde que foi assinada. Atendendo a um dos artigos da legislação, que prevê que o poder público deve apoiar o uso e difusão da Língua, o município conta com o Centro Municipal de Educação Alternativa de Itajaí (CEMESPI).

O CEMESPI começou suas atividades em 1999 e atende a estudantes da rede pública no contra turno escolar, e entre eles, alunos com deficiência auditiva. “É um direito assegurado do aluno ter um auxílio na sua comunicação dentro da escola”, explicou o professor e intérprete de Libras, Luiz Antônio Zacanario Junior.

São atendidos semanalmente 13 alunos, entre sete e 15 anos. No CEMESPI, o estudante recebe auxílio dos intérpretes para se comunicar melhor com a sociedade e até entender o que está acontecendo no mundo. Hoje, a aula teve como tema o tornado que devastou a cidade de Xanxerê, na última segunda-feira (20). “Eles veem as notícias, mas às vezes, a família tem dificuldade em explicar em Libras. Então, eles chegam aqui com várias dúvidas e nós tentamos, utilizando diversos recursos, sanar todas as questões”, contou Luiz.

A família também é parte importante no processo de aprendizagem da Língua de Sinais. Vitor Hugo do Nascimento, 14 anos, diz não encontrar problemas na comunicação com os pais, já que parte da família do estudante também é deficiente auditiva. “Mas, mesmo assim, considero a Libras muito importante pra mim, pois consigo me comunicar com as pessoas”, completou.

Ainda há um longo caminho para que a sociedade esteja completamente adaptada aos deficientes auditivos, mas a Lei foi o primeiro passo. De acordo com Luiz, os surdos ainda lutam para que a Língua Brasileira de Sinais seja matéria obrigatória em cursos de graduação e no ensino fundamental. “Uma das maiores dificuldades que encontramos é quando um surdo precisa de atendimento médico. Temos que usar gestos para nos comunicar, o que nem sempre dá certo.”

Para os interessados em aprender Libras, a Fundação de Educação Profissional e Administração Pública (FEAPI) oferta um curso gratuito de Língua Brasileira de Sinais. Para mais informações, clique aqui.

Tecnologia e Língua de Sinais

A Língua de Sinais é igual qualquer língua e, por isso, está sempre em constantes mudanças. Antigamente, quando não existia a tecnologia, as comunidades surdas eram muito isoladas e não conversavam entre em si. Hoje em dia, a internet auxiliou na difusão de diversos gestos extremamente regionais.
Aqui em Itajaí temos expressões próprias da cidade na Língua Portuguesa. Essas expressões são traduzidas e interpretadas nas Línguas de Sinais dos itajaienses surdos. “A tecnologia ajudou a difundir essas novas palavras. Também temos gestos que representam as palavras guri e guria, por exemplo”, explicou Luiz.

____________________

Informações Adicionais

CEMESPI 

Telefone: (47) 3349-7963

Imagens relacionadas

Lei sobre a Língua Brasileira de Sinais completa 13 anos
Lei sobre a Língua Brasileira de Sinais completa 13 anos
Lei sobre a Língua Brasileira de Sinais completa 13 anos
Facebook
Twitter
Youtube
Flickr
Todos os direitos reservados © 2024- Município de Itajaí